Eleições, Agronegócio/Mineração e Formação Política são temas abordados pelo Coletivo Pinga Pinganesta edição especial
Composto por comunicadoras e comunidadores populares de territórios afetados pela Estrada de Ferro Carajás (EFC), o Coletivo Pinga Pinga lança a edição especial do folhetim sobre Eleições, Agronegócio/Mineração e Formação Política.
A retomada da produção do folhetim tem o objetivo de instigar o debate sobre os temas elencados, por meio de uma ferramenta de comunicação popular, que incentiva a filosofia Faça você mesmo e a produção midiática seguindo o lema do grupo: “Insurgente, Autônomo, Coletivo e Popular”.
De acordo com o comunicador popular Mateus Adones, de Santa Rita, do Coletivo Pinga Pinga. “Nosso grupo nasceu de uma brincadeira de jovens dos territórios que são afetados pela cadeia da mineração ao longo da Estrada de Ferro Carajás (EFC), nos espaços de formação política realizados pela Justiça nos Trilhos.
Unimos nossas sabedorias e começamos a fazer comunicação. Depois do primeiro folhetim feito, percebemos que seria necessário ocupar outros espaços. A folha chamex não cabia tudo que precisa ser dito“, ressaltou Mateus.
Nesta terça-feira (25), Larissa Santos, coordenadora política da Justiça nos Trilhos (JnT), ministrou uma palestra na disciplina “Jornalismo, Comunidade e Movimentos Sociais”, do professor Dr. Ricardo Alvarenga (UFMA – Campus Imperatriz).
Na ocasião ela falou da relação da JnT com as comunidades afetadas pela mineração e agronegócio, como também, apresentou um recorte de sua dissertação de mestrado que tem como título: “Justiça nos Trilhos, redes comunicativas de comunidades e movimentos sociais em defesa das atingidas e dos atingidos pela Vale S.A. na Amazônia.” Baixe aqui!
Esse trabalho faz parte do diálogo que a Justiça nos Trilhos busca fortalecer com as Universidades para a construção de conhecimentos e para a efetivação de parcerias que gerem transformação social nas comunidades que são impactadas pela mineração e agronegócio no Maranhão.
Larissa apresentou o contexto da mineração no Maranhão e motivou a turma a questionar os ‘projetos de desenvolvimento’ instalados na Amazônia, a partir dos estudos em comunicação e jornalismo. “A Universidade é também um lugar de escuta das demandas comunitárias, é lugar de construção de saberes, e quanto mais os saberes acadêmicos caminharem junto com os saberes tradicionais e populares, mais justiça social teremos”, ela afirma.
O Instituto Pacs, em parceria com o Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, lança a cartilha e o vídeo-animação “Mudanças Climáticas e Siderurgia: Impactos locais e globais da Ternium Brasil”.
Os materiais abordam o impacto das emissões de gases de efeito estufa pela siderurgia no aquecimento global, destacando o caso específico da Ternium Brasil, a maior siderúrgica da América Latina, localizada no bairro de Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Enquanto as empresas seguem lucrando com a produção e exportação de placas de aço, as populações não brancas, historicamente vulnerabilizadas, de periferias urbanas, comunidades quilombolas e indígenas continuam sofrendo com os impactos dessa produção. Vivemos uma emergência climática!
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