Nesta quinta-feira, 24 de fevereiro, às 10h (horário de Brasília), a FIDH e a Justiça nos Trilhos (JnT), irão realizar o Webinário de Lançamento do relatório “Heavy Metal: Das desumanas minas aos bens de consumo globais, a jornada do ferro brasileiro”. O documento analisa as empresas que fazem parte dessa cadeia de valor de ferro e aço, a fim de alertar os compradores sobre os riscos de direitos humanos e impactos adversos no Corredor Carajás, emite recomendações à Vale, S.A., aos compradores e outras empresas ao longo da cadeia de fornecimento, alertando-os para os abusos desenfreados e levando-os a examinar e a agir de acordo com as suas obrigações de devida diligência em matéria de direitos humanos.
No webinário, os palestrantes Maria Isabel Cubides (FIDH), Larissa Santos – (Justiça nos Trilhos), Marcel Gomes – (Repórter Brasil), German Zamara – (OECD Centre for Responsible Business Conduct), Sylvia Obregon – (European Colalition for Corporate Justice) e Julia Mello Neiva – (Conectas), abordarão as seguintes questões:
Quais são os direitos humanos e os impactos ambientais da siderurgia do Corredor Carajás? Qual é a estrutura da cadeia de fornecimento de ferro e aço? Quais são as empresas envolvidas? Como as legislações obrigatórias de direitos humanos e de due diligence ambiental podem abordar os impactos negativos que ocorrem nos níveis mais baixos das cadeias globais de fornecimento de minerais? Como as Diretrizes da OCDE sobre Empresas Multinacionais podem abordar os impactos negativos que ocorrem nos níveis mais baixos das cadeias globais de fornecimento de mineração? Quais são as responsabilidades das empresas e governos? Quais devem ser as mudanças nas leis e políticas brasileiras para lidar com esses impactos?
Desde 2010, a FIDH e a Justiça nos Trilhos trabalham juntas denunciando os abusos dos direitos humanos da indústria siderúrgica na comunidade de Piquiá de Baixo (Açailândia – Maranhão, Brasil). Essa comunidade é uma das várias comunidades ao longo do Corredor Carajás afetadas negativamente pelo projeto de mineração Carajás. O ferro e aço do Corredor Carajás, contaminado pelos abusos de direitos humanos e ambientais que ali ocorrem, é então exportado internacionalmente para siderúrgicas de todo o mundo, que então vendem o aço para uma variedade de indústrias, incluindo a indústria automotiva, a de eletrodomésticos indústrias ou a indústria de infra-estrutura.
O Webinar será interpretado simultaneamente em português e inglês.
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Durante o lançamento, o relatório será disponibilizado no dia 24/02/2022.