Rir para resistir: Oficina de Palhaçaria fortalece mulheres defensoras dos direitos humanos em Açailândia (MA)
Iniciativa promove arte e descontração para mulheres assentadas e moradoras de Piquiá da Conquista, resgatando a alegria e a expressividade como ferramentas de empoderamento e luta
Entre os dias 13 e 15 de fevereiro, a oficina “Empoderamento Feminino com Práticas de Palhaçaria” percorreu assentamentos da região de Açailândia (MA) e o bairro Piquiá da Conquista, proporcionando momentos de descontração e expressão artística para mulheres defensoras dos direitos humanos e da natureza.
A atividade foi conduzida pelo grupo artístico Miramundo, sob a coordenação da professora de Artes da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Michelle Cabral. O objetivo do projeto era estimular o relaxamento e a desinibição das participantes por meio da palhaçaria, permitindo que redescobrissem a alegria e a espontaneidade em suas rotinas.
Duas oficinas foram realizadas: uma no assentamento Francisco Romão, voltada para mulheres da comunidade, e outra no bairro Piquiá da Conquista. Essa não foi a primeira passagem do projeto pela região, em 2017, já havia promovido atividades artísticas em parceria com a Justiça nos Trilhos. Entusiasmada com a experiência anterior, Michele procurou a organização para retomar a colaboração.
“A oficina de práticas de palhaçaria realizada pelo projeto Miramundo foi essencial para despertar características que as mulheres já têm, mas que acabam se esquecendo nas suas rotinas diárias. Elas tiveram a oportunidade de potencializar o seu ‘eu’ artístico, a alegria e as crianças brincantes de cada uma. Com isso, elas se reenergizam e ampliam suas criatividades para continuar os trabalhos em suas comunidades, em defesa da vida e da natureza.”
Para Ana Maria, moradora de Piquiá da Conquista, a experiência foi transformadora. “Nunca tinha vivido algo assim, mas a curiosidade me levou até lá. Foi um momento de soltar a voz, de descobrir a palhaça que já existia dentro de cada uma de nós. Quando colocamos o nariz vermelho, parecia que tudo mudava, a timidez foi embora e a gente se sentiu mais leve, mais à vontade. Foi uma vivência única, uma energia coletiva incrível”, contou.
E ao final da experiência, uma personagem ficou marcada na memória das participantes: “A Palhaça Palita é sensacional!”, concluiu Ana Maria, com entusiasmo.
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