Ato político em Piquiá da Conquista (MA) reforça solidariedade e resistência contra a mineração e o agronegócio
No Encontro Pré-ERAM de Mulheres Atingidas pela Mineração e o Agronegócio no Corredor Carajás, realizado no bairro Piquiá da Conquista, em Açailândia (MA), mulheres do Pará, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro e de outros estados do Brasil se reuniram para fortalecer a resistência e articular estratégias de enfrentamento. No último dia de atividades, 25 de janeiro, um ato político foi realizado em solidariedade às vítimas de Brumadinho (MG) e a todas as comunidades impactadas pelo crime socioambiental da Vale S.A.
O encontro reafirmou a urgência da luta por justiça e reparação, conectando diferentes territórios afetados pelo avanço da mineração e do agronegócio. Do Rio Doce ao Maranhão, o grito coletivo ecoa: nenhum crime será esquecido, nenhum direito a menos!
Para Larissa Santos, coordenadora política da Justiça nos Trilhos (JnT), o evento simboliza a força da mobilização popular e a importância da memória:
“Este encontro é um espaço essencial para fortalecer a luta das mulheres atingidas pela mineração e pelo agronegócio, conectando histórias, dores e resistências que atravessam os nossos territórios. Realizar um ato político dentro da comunidade de Piquiá da Conquista, um bairro marcado pela luta contra a poluição e pela conquista de um novo lar digno, reforça o compromisso com a memória e a justiça. A solidariedade entre os povos atingidos é a nossa força para seguir denunciando crimes como os de Brumadinho e Piquiá de Baixo e para seguir exigindo reparação. Nenhum crime pode ser esquecido, nenhuma vida pode ser silenciada.”