Boletim JnT – março e abril de 2011
14 de abril, 2011

07/04/2011

A demissão de Roger Agnelli da presidência executiva da gigante da mineração Vale SA, sob pressão do governo brasileiro, é a mais recente de uma série de medidas de governos de países emergentes para intervir nas altamente lucrativas e cobiçadas produtoras de recursos naturais de seus países.

06/04/2011

Roger Agnelli sofreu uma dupla derrota no processo que culminou com sua substituição na presidência da Vale: foi obrigado a se render na campanha para permanecer no comando da mineradora e não conseguiu fazer de um de seus aliados o sucessor.
Ao contrário, Murilo Ferreira, que assume oficialmente a presidência a partir de 22 de maio, iniciou a gestão Agnelli como um de seus homens de confiança e deixou a Vale como mais um desafeto, depois de um período de desgaste com o executivo, de quem discordou radicalmente da decisão de insistir na aquisição da Xstrata.

05/04/2011

Altamira (PA)/ Washington (EUA) – A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da Organização dos Estados Americanos (OEA) solicitou oficialmente que o governo brasileiro suspenda imediatamente o processo de licenciamento e construção do Complexo Hidrelétrico de Belo Monte, no Pará, citando o potencial prejuízo da construção da obra aos direitos das comunidades tradicionais da bacia do rio Xingu.

05/04/2011

Murilo Ferreira, ex-diretor da Vale e ex-presidente da mineradora canadense Inco, será o novo presidente da Vale. A decisão foi tomada ontem à noite em reunião de acionistas da Valepar, holding que controla a companhia. Ele foi escolhido a partir de uma lista tríplice, da qual constavam também os nomes de dois ex-diretores da Vale: Tito Martins, diretor de Operações de Metais Básicos e presidente da Inco, e José Carlos Martins, diretor de Marketing, Vendas e Estratégia.

01/04/2011

Em tempos turbulentos, papéis da empresa caem frente à expectativa da escolha do substituto, mas especialistas esperam valorização da empresa nos próximos meses. A Vale deu início ao processo de sucessão do seu presidente Roger Agnelli sob chuvas e trovoadas. O Palácio do Planalto determinou ao Ministério da Fazenda estudar uma forma de taxar fortemente a exportação de minério de ferro e desonerar o aço.

28/03/2011

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Tentando refletir sobre a influência mediática da Vale, especialmente amplificada nesse período de intensos debates sobre a substituição de seu CEO Roger Agnelli, Justiça nos Trilhos oferece aos leitores essa análise irônica e crítica encontrada em alguns blogs que aprofundam o tema do poder da comunicação.

28/03/2011

Em 2015, a Vale estima produzir 522 milhões de toneladas anuais de minério de ferro, quase 70% a mais do que as 311 milhões de toneladas previstas para este ano. Esse programa de expansão da companhia é considerado ambicioso e desafiador, mais ainda se for levando em conta a desvantagem que ela tem em relação aos seus concorrentes: distância.

26/03/2011

A Vale deve anunciar nos próximos dias a sua entrada no projeto da hidrelétrica de Belo Monte como autoprodutor, com 9% do empreendimento. Substituirá a Gaia, do grupo Bertin, que deixa o negócio. A participação da mineradora, que corresponderá a cerca de R$ 2,3 bilhões, será uma espécie de resposta do presidente da empresa, Roger Agnelli, ao processo de “fritura” que vem sofrendo, com a pressão do governo por uma sucessão no comando da Vale.

21/03/2011

Numa conversa com jornalistas, o presidente da Vale, Roger Agnelli, voltou a criticar o governo pela cobrança de uma multa à empresa estimada em 5 bilhões de reais. “Essa é uma questão que tem que ser discutida passo a passo”, disse, acrescentando que “primeiro é preciso saber qual é o valor.” Agnelli afirmou também que “tudo o que a gente achava que tinha que pagar, já pagamos.”

21/03/2011

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Na tarde do dia 18/03, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) formalizou uma denúncia na Secretaria dos Direitos Humanos de que, com o fechamento das comportas da Usina Hidrelétrica de Estreito, entre Tocantins e Maranhão, para a formação do lago da barragem, famílias que, segundo o Consórcio Ceste, não seriam atingidas agora encontram-se desamparadas, com a água entrando em suas residências.