Falência de empresas terceirizadas em Salobo | Justiça nos Trilhos
14 de novembro, 2012

Empresas quebradas, rescisão de contratos pelas grandes construtoras, estratégias da Vale para minimizar os custos e comprometer as empresas locais. Veja a seguir a denúncia de um jornalista de Marabá a respeito das falências no projeto de mineração da maior jazida de cobre no País, Salobo (PA) e acompanhe os comentários dos leitores aqui.

Associação Comercial e Industrial de Parauapebas encaminhou ofício ao secretário da Seicom, David Leal, narrando o processo de quebradeira de empresas que trabalham no Projeto Salobo, e que culminou, esta semana, com a busca e apreensão de diversos caminhões e equipamentos da Construtora Brasileira e Mineradora Ltda (CBEMI), inadimplentes com a Volkswagen.

Na área de exploração da jazida de cobre do Salobo quase todas as empresas ali contratadas, quebraram.

Há uma lista de CNPJs encaminhada ao governo compondo o regime de falência rigorosamente referendado pela gestão da Salobo Metais S.Sa, empresa que toca o projeto da Vale. Ao todo, se filtrar cuidadosamente, é provável que não sobre nenhuma empresa que tenha escapado da quebradeira. Principalmente pequenas e médias.

As grandes empresas rescindiram contratos antes do aperto geral, entre elas, OAS e Odebrecht.

Como o cenário é singular, há fortes suspeitas de que a Salobo Metais S.A, esteja com seu orçamento em descompasso com as demandas, fato que vem ocasionando a falência generalizada.

Ou a gestão do projeto está levando dezenas de firmas ao fechamento de portas, num processo jamais visto nos grandes projetos tocados pela Vale, por incapacidade gerencial.

Depois de ser contemplada com o prêmio de “Pior Empresa do Mundo”, a Vale pode concorrer agora ao “caneco” de empresa estimuladora de falências. Afinal, em última instância, é a mineradora quem está promovendo esse deprimente quadro de insolvência regional.

Cada ano mais poderosa, às custas da miserável política discriminatória e selvagem que adota em sua relação com a sociedade paraense.

Fonte: Blog do Hiroshi Bógea, 01 de fevereiro 2012