
Em seus trabalhos nas comunidades ao longo dos trilhos da Estrada de Ferro Carajás, os missionários combonianos junto com outros parceiros da luta social perceberam o sofrimento do povo: fome, exploração do trabalho infantil, trabalho escravo, problemas de saúde causados por poluição, violência, prostituição, muitos atropelamentos na linha do trem, desmatamento, entre outros. Conversando com o povo para tentar saber o que estaria causando todos esses problemas, entenderam que eles começaram com a chegada da Vale na região, na década de 1980.
Conhecidos os problemas e suas causas, o que fazer? Foi aí que um grupo de cidadãos, movimentos sociais, pastorais, associações, núcleos universitários, organizações não governamentais se juntaram com a finalidade de apoiar o povo em sua luta, formando a Rede Justiça nos T rilhos. Uma das prioridades dessa Rede é assessorar as comunidades. Por isso nasceu esta cartilha que tem por finalidade:
1.Divulgar informações sobre os incômodos, danos e conflitos causados nas comunidades pela Vale.
2. Orientar as comunidades sobre como se organizarem para não serem enganadas pelas promessas da empresa e acabarem sofrendo ainda mais.
3.Partilhar experiências positivas de comunidades ou pessoas que lutaram e conseguiram manter seus direitos garantidos.