Privatizada no governo tucano, a agora Vale passa por cima de comunidades com seus planos de expansão sustentados pelos estratosféricos lucros que aufere a cada ano. Em reportagem especial da jornalista Tatiana Merlino, a edição 177 da Revista Caros Amigos, que está nas bancas, traz um retrato dos problemas que a empresa causa para as populações que estão no entorno de suas atividades. Continue lendo, em anexo, a reportagem.
A reportagem mostra os problemas causados pela ferrovia particular da Vale, que transporta os minérios até siderúrgicas e, depois, até o porto. A jornalista percorreu vilas e cidades ao longo da ferrovia e mostra que a linha férrea provoca atropelamentos de pessoas e animais, rachaduras nas casas próximas e poluição, incluindo a sonora das buzinas das composições que não têm horário.
A situação está em vias de ficar pior ainda com a duplicação da ferrovia, cujo traçado passa por cima de vilarejos, plantações, áreas de preservação e de interesses de índios e quilombolas, por exemplo. Sem contar as inúmeras estruturas previstas, como pontes e viadutos com mais impactos ambientais e deslocamento de moradores.
Ao mesmo tempo em que nega responsabilidade – e reparação – sobre os problemas que causa às populações na área de influência de suas atividades, a Vale continua como a empresa mineradora mais rentável do mundo – em 2010 divulgou lucro de R$ 30 bilhões. Para os moradores, a situação é clara: para a empresa, o bônus; para as comunidades, o ônus.
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