Os Missionários Combonianos do Brasil se solidarizam com a população de Taranto
1 de janeiro, 2016

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sem_titulo-11-28ed1-5397848Atualmente há 52 imputados (49 pessoas físicas e 3 sociedades) processados por desastre ambiental em decorrência das operações de ILVA. O minério de ferro que alimenta essa empresa provém da região brasileira de Carajás (Amazônia oriental), onde há anos os Missionários Combonianos denunciam as violações de direitos provocadas pelo fornecedor de ILVA, a multinacional do minério de ferro Vale S.A.

Padre Dário Bossi, comboniano, participou no último dia 30 de junho, em Taranto, da apresentação do livro “Legami di Ferro”. O livro apresenta os impactos similares sofridos pelas comunidades de Piquiá de Baixo (Maranhão, Brasil) e Tamburi (Taranto), ambas afetadas por uma violenta poluição siderúrgica, mas também a resistência e as alianças das duas comunidades em busca de alternativas para seu futuro.

Em Piquiá de Baixo, uma inteira comunidade pleiteia há anos o reassentamento coletivo e a construção de um novo bairro modelo, livre de poluição e com oportunidades para uma vida nova.

O missionário comboniano levou a Taranto a solidariedade das populações de Carajás e da rede Justiça nos Trilhos que as defende. À noite do mesmo dia houve uma manifestação pacífica em memória de Alessandro Morricella, operário ILVA de 35 anos morto tragicamente em acidente de trabalho poucos dias antes.

Durante a marcha houve denúncias fortes sobre a fuga de capitais da empresa para o exterior e sobre os dramas de Taranto, “a cidade europeia com a taxa mais alta de suicídios”. Pediu-se ao Governador da Puglia o fechamento do parque de minerais da empresa, considerando que até agora não foram realizadas as operações de recuperação do terreno e de cobertura da área.