O Território Quilombola Santa Rosa dos Pretos fica no município de Itapecuru-Mirim, na região norte do estado do Maranhão. Formado por 20 quilombos, o território concentra cerca de 850 famílias, uma média de quatro mil pessoas.
As e os quilombolas de Santa Rosa estão diretamente ligados a homens e mulheres sequestrados na Guiné-Bissau no século 18 e trazidos à força para serem escravizados nas fazendas de cana de açúcar e algodão do invasor irlandês Lancelot Belfort. Com a decadência da produção, o invasor abandonou as fazendas em fins do século 18 e registrou uma “doação” das terras – das terras que ele roubou dos indígenas – às mulheres e homens da Guiné-Bissau que ele escravizou.
Como sementes, aquelas mulheres e homens permaneceram na terra, cuidando dela, recuperando-a, cultivando-a, preservando os incontáveis igarapés e matas que existiam e ainda existem na região e que a tornam rica em água, frutos e animais.
Hoje, as quilombolas de Santa Rosa dos Pretos seguem sendo sementes, protegendo e cuidando do que ainda resta da natureza viva e rica, e que nunca deixou de ser roubada pelos invasores, sejam os colonizadores de antes ou os de agora, como a mineradora transnacional Vale S.A. e governos coniventes com suas atividades que saqueiam e esgotam, para lucro privado, o que deveria servir à vida coletiva dos humanos e outros seres vivos.
Conheça um pouco mais sobre a história do Território Quilombola Santa Rosa dos Pretos nesta publicação do Incra: