Evento organizado pela Fundação Ford reuniu diferentes vozes de todo o mundo
Nos dias 03 e 04 de maio, a convite da Equipe do Programa Internacional de Recursos Naturais e Mudanças Climáticas da Fundação Ford, a Justiça nos Trilhos (JnT), representada por Renato Lanfranchi, coordenador administrativo, participou do “Encontro de Energia, Extrativos e Territórios – Reunindo diferentes vozes de todo o mundo”, que aconteceu na sede da Fundação Ford em Nova Iorque (EUA).
Segundo o representante da JnT no evento, Renato Lanfranchi, o encontro promovido pela Fundação Ford foi um espaço de ampla troca de saberes sobre recursos em transições energéticas, direitos e mudanças climáticas entre parceiros de diversas partes do mundo. “O evento reuniu os parceiros globais da Ford, acadêmicos e especialistas importantes da Ásia, África, América Latina que trouxeram suas perspectivas numa série de conversas sobre a situação nos campos de energia, extrativismo e governança de terras e florestas. Além dos debates, o espaço foi de análise estratégica e colaboração entre regiões e campos”, afirma.
Os espaços temáticos de debates foram compostos por Mesa de Análise de tendências de alto nível: energia, extrativismo e territórios; a Mesa de Debate com o tema: “Uma “pipoca” das tendências mais lembradas por região”; Roda de Conversa com investigadores: partilha de reflexões; e a Plenária “Partilha de volta das regiões e reflexão sobre a aprendizagem global entre as regiões”.
Diante das discussões, Renato analisa e destaca a importância de termos eventos deste tipo no Brasil ou em nível sul-americano ou latino-americano. Segundo ele “a transição energética irá trazer mais sacrifício para as zonas de sacrifício, e que “só haverá justa transição energética com justiça social“, reforça.
Em análise sobre a situação global, o coordenador avalia que de maneira geral dentro das estruturas econômicas “há pouco senso da urgência dramática da redução do aquecimento global e do enfrentamento das mudanças climáticas. Há uma inércia ligada à resistência natural às mudanças e à renúncia a interesses econômicos. O que acontece de fato é movido pela perspectiva do lucro com as novas tecnologias e novos investimentos em infraestrutura. Porém, as comunidades são movidas por outros valores e outros interesses, não alinhados ao mercado e ao capital, e por isso pouco considerados”, pondera.