Nossas lutas se conectam assim como os rios se ligam. É muito importante que leis nacionais e internacionais sejam criadas para barrar o avanço da mineração e a morte de nossos rios e florestas”, afirma Larissa Santos, coordenadora política da JnT.
Rio Chumbiyaku – parte baixa do rio está morta devido à emissão de rejeitos de mineração que carregam mercúrio.
Nos dias 26 e 27 de fevereiro, a Justiça nos Trilhos (JnT) integrou a comissão que visitou comunidades afetadas pela mineração ilegal de ouro na província de Napo, na Amazônia Equatoriana. A visita fez parte das ações organizadas pela Rede Igrejas e Mineração, uma articulação de organizações, grupos e movimentos que atuam na defesa dos diretos de comunidades que sofrem os impactos da mineração em vários países da América Latina, incluindo o Brasil.
Na visita, foram conhecidas as realidades de comunidades indígenas e camponesas que são ameaçadas pela exploração ilegal de ouro. Elas reivindicam também os direitos da natureza, especialmente dos rios que estão sendo contaminados com o processo de extração de ouro. Hoje, o rio Napo, que gera fonte de vida para os moradores da província de Napo e de outras regiões, é o principal rio contaminado.
Larissa Santos e Mikaell Carvalho, coordenadores da JnT, acompanharam as visitas e sentiram de perto as realidades de comunidades que, assim como na Amazônia Brasileira, enfrentam severas violações aos direitos humanos e da natureza por parte de empresas e governos. “O rio Napo, que passa pelas comunidades que conhecemos, é um dos principais afluentes do nosso rio Amazonas. A existência desse rio e das pessoas que necessitam dele, especialmente comunidades indígenas, estão ameaçadas. Nossas lutas se conectam assim como os rios se ligam. É muito importante que leis nacionais e internacionais sejam criadas para barrar o avanço da mineração e a morte de nossos rios e florestas”, afirma Larissa Santos, coordenadora política da JnT.
Vídeo com fotos da Assembleia de Planejamento da Rede Igrejas e Mineração realizada no Equador:
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Por Yanna Duarte
Revisão Lanna Luiza