Nossa história

A Justiça nos Trilhos (JnT) foi criada em 2007 como campanha, cujo objetivo era o de articular as comunidades afetadas pela Estrada de Ferro Carajás (EFC), com a contribuição e assessoria de várias entidades em defesa de direitos. Ao longo dos anos se tornou rede, por entendermos que a denúncia das violações do Programa Grande Carajás, as reivindicações da população e a defesa dos modos de vida e economias precisavam de um compromisso prolongado e de uma estrutura organizada. Atualmente somos uma associação de Direitos Humanos e da Natureza.

Além de exigir o respeito, à proteção e a efetivação de direitos humanos e da natureza frente às violações decorrentes da cadeia de mineração (estruturas logísticas, empreendimentos siderúrgicos, agronegócio e etc.), atuando por meio das áreas: Educação Popular, Comunicação Popular, Assessoria Jurídica e Alternativas Econômicas aos grandes projetos, passamos a integrar e incentivar o controle social das políticas e do orçamento público, mantendo relações com organizações cujos objetivos relacionam-se ao de JnT, apoiando iniciativas de prevenção, cessação e reparação integral dos prejuízos causados pela mineração.

histórico

A fundação da campanha JnT foi realizada pelas seguintes entidades:

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Fórum 'Reage São Luís'

Ao longo dos anos, a JnT colaborou e interagiu com muitas entidades, com muitas das quais ainda está em sintonia de visão e trabalho: Associação Juízes para a Democracia, Cáritas Regional Maranhão, Cáritas Regional Pará, CEPASP Marabá, Comitê Dorothy Belém, CPT Marabá, CUT Maranhão, Diocese de Marabá, ECOA, FAOR (Fórum Amazônia Oriental), Fórum Social Maranhense, Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul, Movimento pelas Serras e Águas de Minas, Núcleo de Assessoria Jurídica Popular da UFMA de São Luís, Rede Brasileira de Justiça Ambiental, Regional Nordeste 5 da CNBB (Maranhão), Sociedade Maranhense dos Direitos Humanos,  Sociedade Paraense de Direitos Humanos, universidades UEMA, UFMA e UFPA (alguns docentes e grupos de estudo).

Por ocasião do Fórum Social Mundial em Belém, em 2009, Justiça nos Trilhos estreitou e iniciou a consolidar relações internacionais, que pouco depois resultaram na fundação conjunta da Articulação Internacional dos Atingidos e Atingidas pela Vale.

Assim, em diversas ocasiões em seu itinerário de atuação, JnT pôde interagir com associações e entidades que defendem o Direitos Humanos, Sociais, Econômicos, Culturais e Ambientais em numerosas nações do mundo:

  • Agronomi Senza Frontiere (Itália)
  • Agrupación de Defensa Valle Chalinga (Choapa, Chile)
  • Asamblea Popular por el Agua (Mendoza, Argentina)
  • Asociación Amigos del Lago Izabal (Guatemala)
  • Associação Comunitária de Apoio e Assistência Jurídica (Tete, Moçambique)
  • Centro Nuovo Modello di Sviluppo (Itália)
  • Centro para a Integridade Política – CIP (Maputo, Moçambique)
  • Comité de Defensa Valle Chuchiñi (Choapa, Chile)
  • Comunidad Campesina San Martin de Sechura (Piura, Peru)
  • FIM-CISL (Itália)
  • Grupo de Formación e Intervención para el Desarrollo Sostenible – GRUFIDES (Cajamarca, Peru)
  • Jaringan Advokasi Tambang / Mining Advocacy Network – JATAM (Indonesia)
  • Kanaks (Nova Caledônia)
  • Liga de Justiça Ambiental (Moçambique)
  • Mines and Communities
  • Mining Watch (Canadá)
  • Observatorio de Conflictos Mineros en America Latina (OCMAL)
  • Observatorio Latinoamericano de Conflictos Ambientales – OLCA (Chile)
  • Organización Ambiental de Salamanca – OCAS (Choapa, Chile)
  • Port Colborne Residents (Ontario, Canadá)
  • Red de Organizaciones Sociales de la Provincia del Choapa (Chile)
  • Sandy Pond Alliance (Newfoundland, Canadá)
  • Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria de Construção Civil, Madeiras e Minas – SINTICIM (Moçambique)
  • United Steelworkers (Canadá)

reconhecimento

Em 27 de novembro de 2018, a Justiça nos Trilhos recebeu em Genebra (Suíça) o Prêmio Direitos Humanos e Empresas, instituído pela Fundação homônima, que lançou esta iniciativa anual para reconhecer em nível internacional o trabalho de maior destaque realizado por defensores de direitos humanos, ao tratar dos impactos causados pelas empresas. O conselho administrativo da Fundação justificou este prêmio alegando que “A Justiça nos Trilhos simboliza este grupo, que há anos trabalha de maneira rigorosa e consciente em circunstâncias desafiadoras — sempre em estreita colaboração com as comunidades locais, cujos direitos fundamentais buscam proteger”.

Reconhecida com o Prêmio Direitos Humanos e Empresas em 2018, a Justiça nos Trilhos atua desde 2007 no fortalecimento de comunidades no Corredor Carajás denunciando violações dos direitos humanos e da natureza.

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