Oficina de construção de “barraginhas” foi realizada no Centro de Inovação Rural e Desenvolvimento Agroecológico (CIRANDA) 

Oficina de construção de “barraginhas” foi realizada no Centro de Inovação Rural e Desenvolvimento Agroecológico (CIRANDA) 

O eixo de atuação da Justiça nos Trilhos (JnT), Alternativas Econômicas, foi responsável pela coordenação da oficina de construção dessa tecnologia que armazena água das chuvas, abrange práticas de conservação de solo e recuperação hídrica

Alunos ajudam a delimitar o espaço onde será construída uma barraginha.

Nos dias 01 e 02 de setembro, alunos da Casa Familiar Rural de Açailândia (MA), ligados ao Centro de Inovação Rural e Desenvolvimento Agroecológico (CIRANDA), participaram de oficina sobre barraginhas, ministrada por Alisson Fonseca, Engenheiro Agrônomo e Coordenador técnico do Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, que já atuou como Coordenador de programas da Articulação do Semiárido – ASA Brasil.

As barraginhas do CIRANDA seguem em processo de construção. Essa ação educativa faz parte do projeto realizado no Maranhão pela coalizão Justiça nos Trilhos (JnT), ACESA, Tijupá e RAMA – Rede de Agroecologia do Maranhão e conta com a pesquisa-ação do grupo de estudos GEDMMA/UFMA.

Essa tecnologia, as barraginhas, são estruturas hidráulicas essenciais em áreas rurais, especialmente em regiões propensas a períodos de seca e escassez de água. Elas consistem em pequenas represas construídas com o objetivo principal de captar e armazenar a água da chuva. Essas estruturas desempenham um papel fundamental na conservação do solo e na gestão sustentável dos recursos hídricos. Quando ocorrem chuvas intensas, as barraginhas ajudam a conter a erosão do solo, impedindo que a água da chuva arraste nutrientes e camadas férteis, o que é essencial para a manutenção da produtividade agrícola a longo prazo.

Barraginha construída.

Além disso, as barraginhas têm um impacto positivo na recarga dos lençóis freáticos, contribuindo para o aumento do volume de água disponível para uso na agricultura e para o abastecimento de comunidades locais. Isso é especialmente importante em áreas de seca e que sofrem com as mudanças climáticas.

Elas também ajudam na conservação do solo e na preservação dos recursos hídricos, tornando-as uma ferramenta valiosa para a agricultura sustentável e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas em regiões rurais.

Além de Açailândia, as barraginhas também serão construídas em São Luís Gonzaga e Rosário, no marco do projeto “Barraginhas como estratégia de fortalecimento da adaptação de sistemas agroecológicos às mudanças climáticas na Amazônia”.

Fotos: Yanna Duarte e João Paulo Alves

Leigos/as missionários combonianos visitam Açailândia para conhecer os eixos de atuação da Justiça nos Trilhos e a realidade das comunidades afetadas pela mineração

Leigos/as missionários combonianos visitam Açailândia para conhecer os eixos de atuação da Justiça nos Trilhos e a realidade das comunidades afetadas pela mineração

Reunião com o grupo de leigos e leigas combonianas no escritório da Justiça nos Trilhos, em Açailândia.

Um grupo de cinco pessoas, leigos e leigas combonianas, visitou a Justiça nos Trilhos (JnT), no dia 17 de janeiro, para conhecer os eixos de trabalho da organização e os problemas que atravessam a região, assim como as comunidades impactadas pela Estrada de Ferro Carajás (EFC) no Maranhão. 

O grupo era formado por pessoas que se interessam sobre as violações cometidas pela cadeia da mineração e que atuam como missionários e/ou em movimentos sociais. Entre os lugares visitados, conheceram o bairro de Piquiá de Baixo, e o reassentamento Piquiá da Conquista, assim como o projeto de Alternativas Econômicas à Mineração (Ciranda) e o assentamento Francisco Romão. 

A visita durou três dias e fez parte de uma imersão numa das presenças combonianas em Açailândia, como a paróquia comboniana de Piquiá de Baixo. A presença dos missionários e missionárias na região de Açailândia se dá há pelo menos 30 anos, em especial na defesa dos direitos das comunidades violadas pela mineração. É o exemplo de Cármen Bascaran, leiga missionária comboniana que há 25 anos atrás criou o Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos (CDVDH) de Açailândia.