Comitiva da Justiça nos Trilhos participa do Encontro de Espiritualidades em Minas Gerais

Comitiva da Justiça nos Trilhos participa do Encontro de Espiritualidades em Minas Gerais

Participaram do evento organizações de oito países, entre eles: México, Guatemala, Equador, Venezuela, Colômbia, Peru, Argentina, Brasil.

Com o tema “Desmascarar o discurso do deus dinheiro”, o ‘Encontro de Espiritualidades: Comunidades que resistem a mineração’, ocorrido em Belisário, Zona da Mata em Minas Gerais, foi uma verdadeira imersão na vida e luta dos territórios que participaram: México, Guatemala, Equador, Venezuela, Colômbia, Peru, Argentina, Brasil.

O elã do encontro foi o da escuta, do silêncio, da contemplação, das histórias, dos cantos que fazem memórias. Onde foi possível enaltecer a doçura da unidade, mas também acessar força que mantém a luta dos povos viva: a única resposta possível é porque possuem fé. A comitiva da Justiça nos Trilhos contou com Anacleta Pires, do território quilombola Santa Rosa dos Pretos, Vanussa Guajajara, da indígena da T.I Piçarra Preta, no Maranhão, e o educador popular Alaíde Abreu.

“Hoje eu trago um coração cheio de aflição por causa das discussões que tivemos ontem e do relato dos companheiros. Quero ressaltar sempre a importância da preocupação com os nossos jovens que ultimamamente têm sido vítimas de tanta violência e o negacionismo ao seu direito tem sido implantado dentro dos territórios. Seja o direito dos originários, quilombolas, ribeirinhos, camponeses, na Venezuela, Peru, Equador, México, ou em qualquer outra parte do mundo. É uma violência tão grande porque tem tornado os nossos jovens zumbis dentro do mundo”, partilha Vanussa. A fala dela ainda trouxe uma crítica à violência do sistema capitalista contra as comunidades.

Neste ano de 2023, a Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara lançou recentemente a cartilha ‘Economia de Francisco e Clara: Denúncia às violências financeiras, anúncio às economias para o bem viver’. Esse trabalho é fruto de uma reflexão profunda trazida pelos integrantes da centralidade da violência financeira dos mega empreendimentos econômicos, que causam impacto profundo na vida das comunidades.

E, o mais importante desses mega empreendimentos, são os que se fundamentam num modelo econômico extrativista. A exploração mineral é um dos temas mais urgentes para discutir qual modelo econômico buscamos.

Com informações da Rede Igrejas e Mineração.