[Revista] Seminário Internacional Direitos Humanos e Empresas
25 de junho, 2021

Lançada em versão trilíngue – português, espanhol e inglês – a revista ficará disponível para download gratuito nos sites do seminário e da Justiça nos Trilhos

Será lançada hoje (25/06) a revista online do Seminário Internacional sobre Direitos Humanos e Empresas – “Povos, comunidades, natureza: insurgências frente ao extrativismo predatório”, realizado de forma virtual entre os dias 15 e 19 de março de 2021. Pensada para funcionar como a relatoria do evento, a revista inova ao apresentar, ao invés de relatos burocráticos comuns nas relatorias, textos jornalísticos atravessados por contextualizações, apontamentos críticos, dados, trechos de falas e publicações apresentados durante os cinco dias de evento.

São 14 textos divididos em 72 páginas e produzidos por oito jornalistas que assistiram às atividades para escrever sobre elas. Convocadas e convocados por suas afinidades com os temas cobertos, cada profissional dividiu-se durante a semana do seminário para acompanhar mais de 30 horas de atividades entre cinco grupos de trabalho, dois minicursos, cinco webinários, um encontro de escolas de formação política e um evento de lançamento de livros.

Além do registro das atividades, a revista também apresenta um resumo dos boletins informativos e colagens produzidos pelo Coletivo de Comunicação Popular Pinga-Pinga durante a cobertura diária do evento. Por fim, a publicação traz o registro em texto e fotos das homenagens a defensoras e defensores de direitos humanos e ambientais feitas ao longo do seminário.

O projeto gráfico e diagramação da revista foram pensados e executados para garantir o conforto da leitura e a facilidade na busca das informações, divididas por datas e tipo de atividade. A revista online será lançada nas versões em português, espanhol e inglês, e estará disponível para download gratuito no site oficial do seminário e no site da Justiça nos Trilhos.

Revista Seminário Internacional Direitos Humanos e Empresas

Magazine of the International Seminar on Human Rights and Business

Revista del Seminario Internacional sobre Derechos Humanos y Empresas

Anais

A próxima publicação a ser lançada pela equipe do Seminário são os anais do evento. A publicação também será online e já está em fase final de revisão e últimos ajustes na diagramação.

Foram 106 trabalhos aprovados e apresentados durante o seminário e que estarão na publicação, dividida em cinco cadernos temáticos, que correspondem aos cinco Grupos de Trabalho:

1 – Territórios, resistências, autonomias e novas territorialidades

2 – Memórias, histórias e lutas por reconhecimento

3 – Questões de gênero e étnico-raciais em lutas territoriais

4 – Projetos e programas de desenvolvimento, extrativismo de grande escala e estratégias de luta e resistência

5 – Comunicação Popular, comunitária e alternativa: lutas e resistências frente a grandes projetos de desenvolvimento

Destaque da comunicação

Apesar da realização no formato virtual não previsto anteriormente, o seminário internacional promoveu interações e construções que contribuíram para a efetividade do evento. A equipe de comunicação teve papel fundamental nisso, com a elaboração de um plano estratégico de divulgação, acolhimento de participantes e cobertura das atividades de forma prévia, concomitante e posterior ao seminário.

Além da contratação de jornalistas para a produção dos textos da revista online de relatoria, outro destaque da comunicação foi a contratação de comunicadores populares do Coletivo Pinga-Pinga e da Rádio e TV Quilombo, ambos do Maranhão, para fazerem a cobertura diária do evento.

Formada por jornalistas, designers, intérpretes de LIBRAS e espanhol, técnico em plataformas online, tradutores, artistas visuais, radialistas e realizadores de vídeo, a equipe de comunicação do seminário produziu interação e envolvimento em um momento em que o distanciamento social atravessa todas as relações. A seguir, apresentamos alguns números da comunicação do seminário:

– 600 pessoas inscritas

– Mais de 700 espectadoras/es

– Mais de 30 horas de atividades

– Mais de 120 trabalhos inscritos

– Dois sites (site oficial e site de inscrições)

– Instagram

– Facebook

– Mais de 80 posts publicados no Instagram e Facebook, entre colagens, fotos, vídeos e ilustrações

– 7 podcasts – mais de uma hora de programação

– 14 textos de relatoria

– 8 jornalistas de 5 estados diferentes envolvidos na relatoria

– 5 podcasts, 40 minutos de programa de rádio

– 46 ilustrações e textos diários

– 4 boletins diários

– 9 vídeos registrados com a programação completa no YouTube

– Mais de 2.500 visualizações nos vídeos

– 1 revista de relatoria de 72 páginas

– Mais de 240 certificados emitidos

Sobre o seminário

O Seminário Internacional sobre Direitos Humanos e Empresas – “Povos, comunidades, natureza: insurgências frente ao extrativismo predatório” foi pensado como uma das ações do Projeto “Empresas Transnacionais e Princípios Orientadores: em busca de mecanismos efetivos para a proteção dos Direitos Humanos na América Latina”.

Realizado por mais de mais de 70 pessoas, entre comissão científica, comissão de comunicação, palestrantes, mediadores e aliados, o seminário foi promovido por Justiça nos Trilhos (JnT), Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente da UFMA (GEDMMA), Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais da UFMA, e Grupo de Trabalho sobre Fronteiras, Regionalização e Globalização na América do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (Clacso). O evento foi co-financiado pela União Europeia.

O evento teve o objetivo de sensibilizar, denunciar, realizar debates, trocas de experiências e incidência política a respeito dos impactos socioambientais e das violações de direitos gerados por empresas mineradoras e suas cadeias de suprimentos. Em particular, representa um momento importante de debates sobre os “Princípios Orientadores sobre Empresas e Direitos Humanos”, documento aprovado em julho de 2011 pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas e que aborda (1) “o dever do Estado de proteger os Direitos Humanos”; (2) “a responsabilidade das empresas de respeitar os Direitos Humanos” e (3) o “acesso a mecanismos de reparação”.

A atividade aconteceu na esteira do Seminário Internacional “Carajás 30 Anos: resistências e mobilizações frente a projetos de desenvolvimento na Amazônia oriental”, realizado em 2014, em São Luís do Maranhão. O evento, em sua nova versão virtual, tratou dos temas acima mencionados à luz do quadro de retrocessos em direitos humanos e preservação ambiental, de injustiça e racismo ambiental e de desdém  pelas mudanças climáticas no atual Governo Federal brasileiro, bem como a conjuntura da pandemia e do pós-pandemia.

Sobre as entidades organizadoras

Justiça nos Trilhos é uma organização que atua para exigir o respeito, a proteção e a efetivação dos Direitos Humanos e da natureza frente às violações decorrentes da cadeia de mineração (estruturas logísticas, empreendimentos siderúrgicos, monocultivos, etc.), especialmente com as comunidades situadas ao longo do Corredor Carajás, no estado do Maranhão. O Grupo de Trabalho “Fronteras, Regionalización y Globalización” do Conselho Latino-americano de Ciências Sociais (CLACSO), é um grupo de mais de 190 pesquisadores de instituições e organizações de 17 países, dos quais cinco são europeus. O grupo desenvolve o Projeto Coletivo “Espaços globais para a expansão do capital transnacional no continente americano” sob a perspectiva de pesquisa para a ação, juntamente com pesquisadores, membros de organizações sociais e comunidades. O GEDMMA se constitui em um espaço de estudos, de consultoria técnica e de elaboração e realização de projetos de pesquisa e extensão universitária que promovam o fortalecimento do processo de ensino-aprendizagem e criem canais de interação com grupos e instituições vinculados ou não ao meio acadêmico. A proposta central do grupo é aprofundar o debate e intensificar estudos sobre conflitos ambientais, projetos de desenvolvimento, povos e comunidades tradicionais na Amazônia brasileira, na região do MATOPIBA e no Estado do Maranhão.