Há mais de 10 anos a comunidade se organiza em busca de um reassentamento coletivo. Desde 2007 são acompanhados pela Rede Justiça nos Trilhos e a partir de 2010 recebem a assessoria técnica da Usina CTAH. Em 2013, após muita luta, os moradores conquistaram a desapropriação de um terreno para a construção do novo bairro, longe da poluição.
Esses anos foram vivenciados com tentativas de diálogos, denúncias, manifestações e um trabalho diário de busca pela garantia de direitos. A Associação Comunitária dos Moradores/as de Piquiá recorreu ao único programa de habitação do Brasil, o Minha Casa Minha Vida, para conseguirem um financiamento. A modalidade do Programa “Entidade” possibilitou a autogestão da obra conforme os princípios e sonhos da comunidade.
Mas tudo isso só foi possível pelo envolvimento de muitos dos moradores no exercício da pressão popular e da livre manifestação. As siderúrgicas e a mineradora Vale, presentes na comunidade desde a década de 1980 violam todos os direitos da população e a luta é fazer com que esses sejam responsabilizados por tais violações. A luta também denuncia a corresponsabilidade dos governos do Município de Açailândia e do Estado do Maranhão.