Protestos contra a duplicação da EFC no interior do Maranhão
3 de julho, 2014

São João, Santa Maria, Pau Ferrado e 21 de Maio são comunidades do interior de Buriticupu-MA, afetadas pelas operações de duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), sob a responsabilidade da empresa Vale S.A. As obras de duplicação são motivos de repetidos protestos.Há menos de um mês, os moradores da Vila União (outro povoado de Buriticupu)…

São João, Santa Maria, Pau Ferrado e 21 de Maio são comunidades do interior de Buriticupu-MA, afetadas pelas operações de duplicação da Estrada de Ferro Carajás (EFC), sob a responsabilidade da empresa Vale S.A. As obras de duplicação são motivos de repetidos protestos.

Há menos de um mês, os moradores da Vila União (outro povoado de Buriticupu) ocuparam a estrada que dá acesso aos canteiros de obras da Vila Pindaré por um dia e meio. Eles protestaram contra a Vale por não terem sido cumpridas as promessas de geração de emprego no povoado. A empresa, assim como chegou na década de 80, quando foi iniciada a construção da estrada de ferro, prometeu vagas de trabalho para os residentes das comunidades que se localizam próximas aos canteiros de obras. Essas promessas não foram cumpridas há duas décadas e o mesmo acontece agora, com a duplicação da estrada.

Indignados com a situação, os moradores do interior de Buriticupu voltaram à estrada que leva ao canteiro de obras da Vale na Vila Pindaré e realizam mais uma manifestação. Dessa vez foi uma ocupação realizada pelas comunidades 21 de maio, São João, Santa Maria e Pau Ferrado.

As comunidades bloqueiam a estrada desde ontem (2) pela manhã. Por lá só passam os carros de linha, enquanto os carros da empresa e os ônibus que levam os funcionários diariamente do centro de Buriticupu até o canteiro de obras são impedidos de passar.

Essas comunidades também reivindicam vagas de trabalho no canteiro de obras, demonstrando decepção com a empresa, pelas promessas de emprego não cumpridas. De acordo com os moradores que participam da ocupação, o clima está tenso, as comunidades temem uma intervenção violenta para desobstruir a passagem, mas não querem abrir caminho até que um representante da empresa dialogue com os moradores e satisfaça suas expectativas.

Rede Justiça nos Trilhos