As atividades do projeto acontecem três vezes na semana, nos turnos matutino, com início às 08h e finalizando às 10h30, e vespertino, das 14h às 16h30. Dentre as principais atividades são realizadas: futebol, handebol, queimada, vôlei, dança, leitura, escrita e palestras de conscientização. O objetivo do projeto é ajudar crianças e adolescentes, trazendo a participação deles para os eventos comunitários.
De acordo com Kelly Barbosa, atual coordenadora do Conexão Cidadania, “a ideia inicial do projeto era ser um apoio para as famílias da comunidade, devido à falta de políticas públicas. Hoje vemos que alcançamos um nível de proteção social e possibilitamos o protagonismo e autonomia da criança e do adolescente de Piquiá de baixo”. Diversos pais também afirmam sentir mudanças no comportamento dos filhos que participam do projeto. Segundo Flávia Silva, moradora de Piquiá e mãe de uma aluna do Conexão Cidadania, “minha filha era muito tímida e depois de participar do projeto, ela passou a conversar mais, a interagir melhor. Hoje ela sabe o que é bullying e o que ela pode fazer para evitar que isso seja praticado por colegas, por exemplo”.
Atualmente o projeto conta com a participação de 50 crianças. No entanto, as atividades recebem menores além do determinado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente em Açailândia (COMUCAA), entidade que financia o projeto. De acordo com Sebastiana Costa Ferreira, instrutora do Conexão Cidadania, “este ano nós temos 50 crianças inscritas, mas atendemos outras 10 que não estavam incluídas no projeto”. Os pais dos alunos relatam ter percebido o aumento no interesse de seus filhos em participar. “As crianças escolheram participar porque através das atividades elas podem interagir com outros colegas, isto passou a dar mais sentido ao seu dia a dia, tendo uma boa ocupação. Tem rendido bons frutos”, afirma Ana Maria Sousa Farias, mãe de duas alunas do projeto.
Soma-se a esse contexto grandes conquistas, tais como, o reconhecimento das escolas em ver que o projeto tem ajudado no desenvolvimento das crianças. “Nem todo pai tem condição de pagar uma aula de reforço; materiais esportivos: (chuteira, meião, bola, cones, entre outros) e materiais permanentes: (caixa de som, microfone, notebook e tablet), dessa forma as dificuldades têm diminuído, pois as conquistas promovem aos beneficiados protagonismo e aprendizagem”, afirma Keyla da Silva, segunda secretária da Associação Comunitária dos Moradores de Piquiá (ACMP).
Serviço:
Para participar é necessário ser morador da comunidade de Piquiá de baixo e ter entre 7 e 18 anos incompletos. O responsável pela criança ou adolescente deverá comparecer ao Canto do Saber José Mauro (Casa Colorida), que fica localizado na rua 13 de junho, em frente a quadra de esportes, portando os documentos pessoais do responsável e do menor: RG, CPF e Comprovante de residência. O período de inscrição tem duração de uma semana após aprovação do edital do projeto no COMUCAA, que geralmente ocorre no primeiro semestre do ano.
Por: Antônia Flávia Silva, comunicadora popular no bairro.
Fotos: Projeto Conexão e Cidadania e Coletivo de Comunicadores e Comunicadoras Populares de Piquiá