De 8 a 10 de junho, a Justiça nos Trilhos (JnT) participou de um intercâmbio entre comunidades afetadas pela mineração de lítio. O evento foi organizado pela Rede Igrejas e Mineração (RyIM) e pelo Centro de Ecología y Pueblos Andinos, em Oruro, na Bolívia.
Visitamos o Salar de Coipasa, uma das maiores áreas de sal na Bolívia, que está ameaçada por projetos de mineração de lítio. Representantes de organizações e comunidades do Peru, Argentina, Brasil e Bolívia também participaram do intercâmbio.
Segundo Larissa Pereira Santos, coordenadora política da JnT, conhecer outras comunidades afetadas pela mineração é essencial para construirmos juntos resistências e estratégias de proteção da natureza. “A exploração de lítio é violenta e desumana, assim como a de outros minérios na Amazônia brasileira.”
O lítio é visto hoje como essencial para a transição energética, usado em baterias de carros híbridos e elétricos, entre outros produtos. No entanto, a mineração de lítio tem sérios impactos na natureza e nas comunidades, como o uso excessivo de água e a produção de resíduos tóxicos. Além disso, as empresas envolvidas, muitas vezes, não respeitam os direitos das populações locais.
Por Larissa Santos
Foto: Genilson Guajajara