Pessoas de 45 países do mundo estão enviando, dia após dia, uma chuva de e-mails à Prefeitura de Açailândia, ao Estado do Maranhão, a Ministério Público Estadual e Defensoria Pública Estadual do Maranhão e à relatora especial das Nações Unidas para o direito à moradia. A campanha “Piquiá quer viver” está tendo uma visibilidade inesperada. Leia para conhecer mais de perto outras ações de solidariedade à comunidade vítima da poluição.
Objetivo da campanha, lançada pela Associação Comunitária dos Moradores do Pequiá em parceria com a International Alliance of Inhabitants, é pressionar as autoridades competentes para que o processo de reassentamento da comunidade de Piquiá em fuga da poluição das empresas siderúrgicas e da Vale S.A. seja concluído rapidamente.
No ultimo dia 21 de maio, em audiência pública na Câmara Municipal, foi apresentado para aprovação das autoridades o projeto urbanístico e habitacional elaborado pela equipe dos arquitetos da USINA-CTAH depois de um trabalho de estudo feito com os moradores. Ainda hoje a prefeitura não se pronunciou sobre a aprovação do projeto, assim como não houve um posicionamento oficial da mesma quanto ao pagamento do valor de desapropriação do terreno para o reassentamento, o Sítio São João.
A demora na tomada de decisões está atrapalhando e atrasando todo o processo de reassentamento e as condições de vida dos moradores continuam a cada dia sempre piores.
Protestos
Nos últimos dias, as manifestações e os atos de protesto da comunidade se multiplicaram.
Uma delegação de moradores participou ativamente na segunda manifestação do movimento “Açailândia Acordou” e o tema do reassentamento imediato tornou-se pauta de luta do movimento. Os moradores participaram também de um protesto pacifico na Câmara municipal na ultima sessão antes do recesso do mês de julho. No começo da sessão ficaram de costas para os vereadores e a mesa diretora apresentando cartazes com as motivações do protesto.
A mais recente e ampla ação é a campanha internacional.
Um apelo escrito em 5 diferentes idiomas está circulando na pagina internet da Internacional Alliance of Inhabitants.Até o momento já foram recolhidas 420 assinaturas de ativistas de 45 países diferentes do mundo.
A campanha continua até que a Prefeitura de Açailândia, o Estado do Maranhão, as empresas siderúrgicas e a Vale S.A. assumirem efetivamente suas responsabilidades quanto ao projeto urbanístico-arquitetônico e à conclusão do processo de desapropriação.
Assessoria de imprensa da JnT, 01 de julho de 2013