Conflitos
João do Vale é um assentamento da zona rural de Açailândia, onde vivem 66 famílias de trabalhadores. Convivem com o constante perigo de incêndios devido às operações de polimento (ou esmerilhamento) das linhas de ferro realizadas pela Empresa Vale. Há uma incidência desses incêndios em diferentes comunidades que são cortadas pela Estrada de Ferro Carajás (EFC). Um exemplo aconteceu em setembro de 2010, na área do assentamento, nas imediações da ferrovia. Esse incêndio matou animais silvestres e destruiu parte de mata nativa, além de colocar em risco a vida das pessoas que tentaram conter o fogo.
A comunidade possui uma escola de nível fundamental (até 9º ano). Os moradores também enfrentam problemas na área da saúde, pela falta de um posto de saúde, no saneamento básico e pela ausência de água encanada.
Resistência da comunidade
Com os constantes problemas enfrentados, os moradores de João do Vale fazem reivindicações à empresa para tentar amenizar os impactos, quase sempre sem respostas. Um exemplo da resistência da comunidade foi a interdição da estrada de acesso ao canteiro de obras da duplicação da ferrovia, em janeiro de 2012.
Reivindicações
Na tentativa de melhorar essa situação os moradores formalizaram algumas reivindicações junto a Vale: poço artesiano, quadra esportiva, posto de saúde com ambulância, construção de um centro de formação com cursos técnico-agrícolas, um centro cultural da Reforma Agrária.
Desde 2011 a comunidade solicitou para a empresa uma série de benfeitorias como compensação pelos impactos sofridos, somente dois anos depois a empresa construiu um poço para abastecimento de água da comunidade.