Os moradores e as moradoras dos assentamentos Francisco Romão, Planalto I, Novo Oriente, Agro Planalto, João do Vale, ocuparam na manhã desta terça-feira (22/02), a agência da Equatorial Energia no Centro de Açailândia-MA. Os manifestantes reclamam que estão com sérios problemas ocasionados pela falta de energia, além da perda de alimentos, houve perdas de eletrodomésticos, fechamento de escolas e falta de água nas comunidades.
Francisco Martins (Tico), morador de Francisco Romão, afirmou que o grupo só vai desocupar a agência quando a empresa reestabelecer o fornecimento de energia elétrica. “Hoje são 13 dias sem energia. Sem energia não tem água nas comunidades e também não tem aula nas escolas. A gente liga, faz reclamação e não temos atendimento. Por conta disso estamos aqui ocupando de forma pacífica requerendo nossos direitos, e só sairemos daqui com a energia de volta em nossas casas.”
Milena que também é moradora de um dos assentamentos, acredita que o descaso se dá por conta de serem da zona rural. “Hoje eu vim aqui reivindicar nossos direitos. A Equatorial está fazendo desfeita da gente, não é porque moramos na zona rural que a gente não merece respeito, energia e água.” A ocupação é composta por adultos, jovens, idosos e crianças, que vieram dos assentamentos localizados a 40 km do Centro do município de Açailândia (MA).
EM RESPOSTA, A EQUATORIAL EMITIU NOTA SOBRE RESTABELECIMENTO DA ENERGIA
Após as primeiras notícias sobre a ocupação da agência da Equatorial em Açailândia, a empresa soltou uma nota à imprensa informando que a energia tinha sido normaliza e que tinha dado início a uma ação preventiva, fazendo as podas das árvores que supostamente estavam tocando nos fios e gerando as quedas de energias nas comunidades.
Nota da Equatorial
Ocorre que, até o final da tarde de ontem (22/02), as comunidades permaneciam sem energia, e a nota foi enviada para a imprensa ainda pela manhã. Outro ponto da nota que não bate com a realidade, é em relação as podas das árvores, que foram feitas pelos próprios moradores no dia 10 de fevereiro deste ano, inclusive cobrimos e noticiamos aqui a ação dos moradores. Na ocasião eles acreditavam que fazendo a limpeza e a poda das árvores, as quedas de energia iriam reduzir, o que não aconteceu, por essa razão ocuparam a agência.
Após conversar com uma equipe de manutenção da Equatorial e negociarem o acompanhamento da empresa até os assentamentos para restabelecer a energia, ainda na tarde de ontem, o movimento desocupou a agência.
Devido aos prejuízos e as reclamações que não foram atendidos pela Equatorial ao longo dos meses, na manhã de desta quarta-feira, (23/02), o movimento procurou o Ministério Público Estadual do Maranhão (MPE-MA) para tomar as medidas cabíveis.